Sentado. Estava. Numa canoa.
Que coisa.
Pescando. Mas era lixo.
Que tinha. De sobra.
Lá na lagoa.

Caindo. Um corisco. Assim sem chuva.
Pois veja. Lá feito um raio.
Na água. No norte. Feito uma pedra.

De susto. O acontecido. Não fez espanto.
Pescando. Ficava eu lá. No meu canto.
Não fosse. De pronto.
Na superfície. Que ali caiu.
Boiando. No espelho dágua. De lá floriu.

Uma nave. De prata. Assim sem véu.
Ficou. Na planta da água. No ar.
Refletindo o céu.

Peguei no remo. Num rápido.
Do imprevisto.
Chegando. A nave.
O encanto. Foi que me deu.

Uma porta. Mostrando. Minha canoa.
Desceu. Abrindo. Eu. No espelho dela.
Lá. Numa ponte. Feito janela.

Da nave. De dentro.
Assim se viu. Eu cá. Sentado.
Já assistindo.
Um ser. Da imagem dum peixe.
De lá saiu.


Falando. No pensamento.
Como num sono.
Entrando.
No sentimento. Eu cá. Sentindo.
Mostrando.
A dimensão. Do seu universo.

Fez um mundo.
Só.
De engano.
Foi. Apartou-se do mais.
Humano.
Da criatura que dele.
Se descobriu. Na criatura.
Que nele. Se encobriu.